Flávia Rangel Ribeiro é médica perita da Previdência Social: cabe a ela dizer se o segurado que a procura tem ou não direito a obter o auxílio-doença do INSS. Ou seja, se pode se afastar do trabalho e passar a receber da Previdência. Um segurado não gostou do resultado da perícia e partiu para a agressão.
“Comecei a dizer para ele me soltar porque eu estava grávida. Pedi para ele me soltar, quando olhei minhas mãos estavam roxas de tão forte que ele estava apertando”, lembra a médica Flávia Rangel Ribeiro. Um outro médico já foi ameaçado de morte duas vezes e também foi agredido por uma mulher que teve seu pedido de licença-médica negado:
“Ela arrancou um pano cheio de sangue, que ela disse que era sangue dela, porque estava com hemorragia. Disse que há dois ou três meses eu tinha cessado o benefício dela. Ela pegou aquele pano e bateu no meu rosto sem que eu tivesse reação, jogou meus óculos no chão, bateu mais duas vezes”, conta o médico.
O médico diz que a agressão o fez se afastar do trabalho por dois meses. E ainda está se submetendo a tratamento psicológico para se recuperar do trauma. Um outro perito, de Santa Catarina, foi agredido por um segurado.
As ofensas, ameaças e agressões a esses profissionais são muito comuns. Uma pesquisa da Associação Nacional dos Peritos Médicos da Previdência, com 531 dos 4.800 integrantes da categoria, revelou números assustadores: 93% já sofreram alguma agressão verbal e 22% já foram vítimas de violência física e verbal.
“Temos casos de agressão com faca. Há desaparecimentos de médicos, há médicos com perfuração de pulmão, tentativa de estrangulamento”, detalha o perito Eduardo Henrique Almeida.
A partir deste ano, a perícia passou a ser feita apenas por médicos concursados, o que aumentou o rigor nos exames e a revolta de segurados.
“Em 2001, tínhamos aproximadamente 650 mil benefícios de auxílio-doença. Em outubro do ano passado, chegamos ao pico de 1,66 milhão de benefícios. Desde então, estamos melhorando nossa metodologia, identificando casos que o segurado pode voltar ao trabalho. Em alguns casos o pagamento pode ser indevido. Nós observamos, a partir de então, uma queda na quantidade de benefícios pagos”, afirma o presidente do INSS Valdir Moysés Simões.
Para tentar acabar com as agressões, o INSS decidiu mudar alguns procedimentos. A partir da próxima semana, o resultado da perícia não vai ser mais fornecido pelo médico. O documento, que passará a ser assinado pelo presidente do INSS, será entregue posteriormente ao segurado.
“Comecei a dizer para ele me soltar porque eu estava grávida. Pedi para ele me soltar, quando olhei minhas mãos estavam roxas de tão forte que ele estava apertando”, lembra a médica Flávia Rangel Ribeiro. Um outro médico já foi ameaçado de morte duas vezes e também foi agredido por uma mulher que teve seu pedido de licença-médica negado:
“Ela arrancou um pano cheio de sangue, que ela disse que era sangue dela, porque estava com hemorragia. Disse que há dois ou três meses eu tinha cessado o benefício dela. Ela pegou aquele pano e bateu no meu rosto sem que eu tivesse reação, jogou meus óculos no chão, bateu mais duas vezes”, conta o médico.
O médico diz que a agressão o fez se afastar do trabalho por dois meses. E ainda está se submetendo a tratamento psicológico para se recuperar do trauma. Um outro perito, de Santa Catarina, foi agredido por um segurado.
As ofensas, ameaças e agressões a esses profissionais são muito comuns. Uma pesquisa da Associação Nacional dos Peritos Médicos da Previdência, com 531 dos 4.800 integrantes da categoria, revelou números assustadores: 93% já sofreram alguma agressão verbal e 22% já foram vítimas de violência física e verbal.
“Temos casos de agressão com faca. Há desaparecimentos de médicos, há médicos com perfuração de pulmão, tentativa de estrangulamento”, detalha o perito Eduardo Henrique Almeida.
A partir deste ano, a perícia passou a ser feita apenas por médicos concursados, o que aumentou o rigor nos exames e a revolta de segurados.
“Em 2001, tínhamos aproximadamente 650 mil benefícios de auxílio-doença. Em outubro do ano passado, chegamos ao pico de 1,66 milhão de benefícios. Desde então, estamos melhorando nossa metodologia, identificando casos que o segurado pode voltar ao trabalho. Em alguns casos o pagamento pode ser indevido. Nós observamos, a partir de então, uma queda na quantidade de benefícios pagos”, afirma o presidente do INSS Valdir Moysés Simões.
Para tentar acabar com as agressões, o INSS decidiu mudar alguns procedimentos. A partir da próxima semana, o resultado da perícia não vai ser mais fornecido pelo médico. O documento, que passará a ser assinado pelo presidente do INSS, será entregue posteriormente ao segurado.
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